Contaminação
dos peixes dos rios Paraná e Tietê
O peixe
sempre foi considerado como o alimento de origem animal mais saudável, sinônimo
de saúde e vida. Entretanto, diferencias devem ser feitas com relação a esta espécie
de alimento, uma vez que o ser humano, há eras, tem considerado erroneamente
que os lagos, rios e mares são uma extensão dos esgotos de suas casas e que, os
animais que lá habitam, se alimentam de dejetos e sobras de comida apodrecida.
Assim, pesquisamos a ocorrência de
infecção e de contaminação dos peixes dos rios Paraná e Tietê por microrganismos
e produtos químicos oriundos da poluição resultante de atividades humana. Peixes como tucunarés, piaus, piaparas,
pacus, dourados, barbados, mandis e pintados foram analisados, sendo
encontrados na parte externa e intestinos destes animais a presença de 08 bactérias
altamente patogênicas e, o pior, resistentes à maioria dos antibióticos. Não
obstante, foram encontrados no sangue, gueira e fígado destes peixes,
concentrações elevadas de hidrocarbonetos clorados( utilizados como
inseticidas) e de metais pesados como o cádmio e o chumbo, todos com ação cancerígena
e alta toxicidade. Para investigar a provável origem destes contaminantes dos
peixes e águas analisamos igualmente a qualidade da ceva(trato) à base de
sangue, milho e soja apodrecidos, isolados ou associados a fezes de suínos.Contatamos
nestas “rações” 07 bactérias patogênicas, com destaque para a Salmonella spp, e
Listeria spp, Escherichia coli, clostridium spp, e Leptospira spp, elem de fungos
produtores de micotoxinas, como os do gênero Aspergillius, Fusarium e
penicillium, que foram encontrados em 100% das amostras. Cabe lembrar que as micotoxinas,
além de interferirem negativamente no ciclo
de vida e na taxa de fertilidade dos peixes, são alguns dos principais responsáveis
por causar grande número de doenças em animais e humanos, especialmente o câncer.
Desta maneira, não há novidade no fato de que os danos gerados pela atividade humana na
natureza tem sido uma palpável desgraça, particularmente naqueles locais onde
existe exploração comercial de algum recurso natural. Assim, é necessário que
nos conscientizemos urgentemente de que, todo o lixo que estamos fornecendo de
alimento aos peixes está retornando como alimento insalubre à mesa de nossas famílias.
Portanto, devemos refletir: Se é verdade que somos o que comemos; será uma
atitude inteligente fornecer fezes, grãos mofados e contaminados aos animais
para depois comê-los? Não estaremos cuspindo no prato que comemos?
PROF. Dr.
Willian Marinho Dourado Coelho
Fundação
Educ. de Andradina-FEA/FCAA – Pós- Doutor pela FMVA – UNESP campus de
Araçatuba/SP e UNICAMP – Campinas/Sp
Colaboradores
da pesquisa
Médico Veterinário
Weslen F. P. Teixeira – Doutorado FCAV- UNESP campus de Jaboticabal/SP.
Discentes- Moises A. Rodrigues,Matheus de C. Dejavite, Edny S. Avelino. Angelo
M. Bogaz – Alunos do curso de Medicina Veterinária da FEA/FCAA
FONTE: Jornal Talismã de 30 de outubro de 2013. pag. nove
Olha que maravilha tudo isso pode acabar com aestupidez do Homem
As autoridade precisa tomar atitude severa com esse tipo de contaminação. Precisa informar a nossa população do acontecimento, isso é muito grave. Os municípios das margens desses Rios precisa tomar providencias urgentes ou interditar toda as margens dos dois rios.
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