Levantamento mostra desigualdade entre municípios
Escrito por Thais Mendes Iannarelli
Um levantamento da Frente Nacional de Prefeitos (FNP) mostra que
ainda existe grande desigualdade entre os municípios com mais de 80 mil
habitantes no país. Segundo o estudo, a arrecadação das 100 cidades mais
pobres e com piores indicadores sociais representa apenas 27,4% do que
arrecada o restante dos 257 municípios de mesmo tamanho. A desigualdade é
percebida também quando analisada a renda per capita desses municípios
mais pobres, que alcança 49% do restante dos municípios de mesmo porte.
Os dados são do Anuário G100, que analisa as contas dos 100 municípios
de mais de 80 mil habitantes com menor receita (isto é, o montante
arrecadado regularmente pela prefeitura) por habitante. Segundo o
estudo, levaria um século para que esses municípios atingissem a renda
per capitamédia dos demais. O estudo também analisa indicadores sociais,
como a taxa de homicídios. Enquanto no G100 a taxa de assassinatos na
faixa etária de 20 a 29 anos é 94,8 por 100 mil, nos demais, a taxa é
63,8 por 100 mil. Há disparidade ainda no saneamento básico e na saúde.
Enquanto a média dos gastos per capitacom saúde do G100 gira em torno de
R$ 296, a média dos demais fica em R$ 550. A média dos gastos com
educação do G100 é R$ 3.373 por aluno. Nos demais, a média é R$ 5.120.
Em relação ao desempenho no Ideb (indicador do Ministério da Educação
que avalia a qualidade do ensino), apenas 5% dos municípios do G100
tiveram nota acima de 5,5, enquanto nos demais esse índice chegou a
35,3%. Esses municípios concentram 22 milhões de pessoas, ou seja, 11,2%
da população brasileira. A maioria das 100 cidades está nas regiões
metropolitanas dos grandes centros urbanos. Segundo o presidente da FNP,
José Fortunati, são, em geral, municípios-dormitório, ou seja, em que
grande parte dos habitantes se desloca a outra cidade para trabalhar.
Apesar disso, a população demanda educação e saúde em seu próprio
município.
www.agenciabrasil.gov.br
Fonte: INSTITUTO FILANTROPIA
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