FOTO 01 – Gilmar (ao lado da esposa Sandra) optou por interromper o vício pelo método abrupto e sem auxílio de medicamentos. Mês passado ele comemorou seu primeiro ano livre do cigarro
FOTO 02 – Dona Olinda (ao lado da farmacêutica Isabel Cristina) fuma há trinta anos e está lutando contra o cigarro. Sem fumar desde domingo, ela afirma que desta vez esta determinada a parar definitivamente
FOTO 03 – Dr. Eraldo explica que introdução ou não de medicamentos depende da análise individual de cada paciente. Alguns largam o vício apenas com os conhecimentos que aprendem no curso
Levantamento feito pelo Departamento de Saúde mostra que resultados são
positivos e incentivam muitos outros a entrar no programa
Entre fevereiro e março do ano passado, a enfermeira Sueli
Moelas (atual diretora do setor de Saúde e Vigilância) reuniu um grupo
multiprofissional para iniciar um novo projeto da Prefeitura em parceria com o Inca
(Instituto Nacional do Câncer): ajudar as pessoas a parar de fumar.
Para isso, profissionais de enfermagem, farmácia,
psicologia, nutrição, psiquiatria e odontologia participou de um treinamento no
Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas (Cratod), localizado em
São Paulo, onde aprenderam quais são as melhores formas de abordagem aos
fumantes. O passo seguinte foi receber o credenciamento do Ministério da Saúde
para iniciar os atendimentos.
A primeira turma foi composta por 20 funcionários do próprio
Departamento de Saúde, que manifestaram interesse em parar de fumar. Foi aí que
a equipe percebeu que os resultados seriam promissores. “80% dos funcionários
conseguiram largar o hábito de fumar, resultado este que consideramos altamente
positivo”, avalia a farmacêutica Isabel Cristina Gonçalves
De lá para cá, este índice tem se mantido, de acordo com o
acompanhamento realizado pela equipe do Curso de Abordagem Intensiva ao
Fumante, que é oferecido gratuitamente pelo Departamento de Saúde de Castilho.
SOBRE O CURSO – A
enfermeira Luceli Aparecida de Albuquerque Abrão explica que os interessados
devem dirigir-se até a Sala de Pós-Consulta do Centro Integrado de Saúde em
qualquer dia da semana para inscrever-se. Além dos documentos pessoais, a
pessoa precisa informar apenas os seus telefones de contato, para que o
Departamento de Saúde possa comunicar o início de uma nova turma.
As reuniões são divididas em quatro sessões semanais,
seguida de uma quinzenal e uma mensal. Nas primeiras, médicos, enfermeiras,
psicólogos e demais profissionais envolvidos no projeto fornecem diversas
orientações práticas, apoio e aconselhamento para auxiliar os pacientes na luta
contra o cigarro. Após as primeiras semanas, o médico decide se é necessário ou
não introduzir medicação para auxiliar o processo.
“Tudo depende do progresso individual de cada pessoa. Tem
pessoas que decidem abandonar o cigarro logo na primeira semana e conseguem
manter-se firmes sem a necessidade de qualquer medicamento. Já outros fumam há
tanto tempo e em tanta quantidade que a intervenção medicamentosa acaba sendo
necessária”, explica o dr. Eraldo Silveira. Quando necessária, a medicação é
gratuita e fornecida pelo Governo Federal.
EXPERIÊNCIAS – Um
ano atrás, Gilmar Martins da Silva iniciou o curso revelando aos demais
companheiros que fumava há tempos e reconhecia que o cigarro lhe trazia muitos
malefícios. Ele foi o primeiro de sua turma a anunciar, na semana seguinte, que
havia decidido parar pelo método abrupto, ou seja, de uma hora para outra.
“Esta ideia pode ser mais dolorosa e causar grande ansiedade na pessoa, mas é,
seguramente, uma das mais eficazes e com o menor índice de recaída dentre todas
as técnicas”, confirma o dr. Eraldo. Gilmar se manteve firme e terminou o curso
sem a ajuda de quaisquer medicamentos.
Outra que está prestes a se tornar mais uma vitoriosa na
batalha contra o tabaco é a dona de casa Olinda Luiz Pereira, de 68 anos. Ela
já está na última etapa do curso e anunciou com orgulho nesta quarta-feira
(09), que está sem fumar desde o último domingo. “Fumo há mais ou menos trinta
anos e atualmente vinha consumindo entre 40 e 50 cigarros por dia”, conta dona
Olinda. Ela confessa que já havia tentado parar outras vezes (pelo menos três),
mas sempre retornava ao hábito por causa do estresse. “O curso é muito bom e
nos dá boas dicas para distrair a cabeça e esquecer o vício. Desta vez estou
determinada mesmo a parar”.
BENEFÍCIOS –
Quase todos que venceram o hábito de fumar listam a melhoria na alimentação,
fim da insônia, pele mais saudável e o prazer de sentir novamente aromas que já
haviam esquecido como principais vantagens obtidas. A economia também é outro
fator considerado importantíssimo para a maioria. Quem fuma em média 40
cigarros num único dia gastará o mínimo de R$ 6,00/dia, podendo chegar a R$
14,90/dia. Num mês, os gastos podem variar entre o mínimo de R$ 180 e o máximo
de R$ 447,00.
[Assessoria de Comunicação do Executivo]
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