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quinta-feira, 23 de maio de 2013

A morte de Paulo César Farias



       UM OLHAR SOBRE O MUNDO          
Ronaldo D. Dantas DRT 44906/SP
A Morte de Paulo César Farias I                                           
                                                    Especial para o Jornal O Foco
Paulo César Siqueira Cavalcante Farias, mais conhecido como PC Farias, nasceu em Passo de Camaragibe, no litoral norte do Estado de Alagoas em  20 de setembro de 1945 e faleceu em Maceió, em 23 de junho de 1996. Entre outras atividades, foi um empresário brasileiro e infeliz tesoureiro do ex presidente Fernando Collor de Mello e Itamar Franco nas eleições presidenciais brasileiras de 1989. Foi a personalidade chave que causou o primeiro processo de impeachment da América Latina, em 1992. PC Farias seria o testa de ferro em diversos esquemas de corrupção divulgados de 1992 em diante. Em valores atuais, o "esquema PC" arrecadou exclusivamente de empresários privados o equivalente a US$ 8 milhões, equivalente a R$ 15 milhões, em dois anos e meio do governo Collor (1990-1992).
Nenhuma destas contribuições teve qualquer ligação, com benefício ao "cliente" de PC, por conta de favor prestado por Fernando Collor. O "esquema PC" movimentou mais de Um bilhão de dólares dos cofres públicos. Jamais apareceu qualquer prova de que PC Farias fosse ligado ao narcotráfico.
PC Farias foi encontrado morto, junto com sua namorada Suzana Marcolino, na praia de Guaxuma em 1996. Investigações do legista Badan Palhares deram como resultado que Suzana Marcolino matou PC Farias e suicidou-se em seguida, mas descobriu-se posteriormente que Palhares recebeu quatro milhões de reais do irmão de PC Farias para fraudar o laudo. O caso foi considerado oficialmente apenas como um crime passional, mas para o médico-legista alagoano George Sanguinetti e o perito criminal Ricardo Molina de Figueiredo, o casal foi assassinado!
O promotor Luis Vasconcelos até hoje, não se conforma com a versão oficial, resiste às pressões pelo arquivamento do inquérito policial, e corajosamente continua as investigações levantando inúmeras evidências da presença de uma terceira pessoa na cena do crime. Ele denunciou à Justiça os ex-seguranças de PC (e até hoje funcionários da família Farias) Adeildo dos Santos, Reinaldo Correia de Lima Filho, Josemar dos Santos e José Geraldo da Silva que são pronunciados. (no próximo número a continuação da matéria).                                                       
A defesa recorre até o STF que nega o último recurso em junho de 2011 decidindo que os réus vão a Júri Popular.
As contradições do caso PC Farias foram objeto de matéria jornalística no programa Linha Direta Justiça da Rede Globo em 1999.


O Julgamento dos Assassinos
Na manhã da quinta-feira, 9/05/2013, foram iniciados os interrogatórios dos quatro acusados de envolvimento no assassinato de Paulo César Farias, conhecido como PC Farias, e da namorada, Suzana Marcolino. Antes, no entanto, foram ouvidos dois peritos que defendem uma tese diferente da apresentada pela equipe de perícia chefiada por Fortunato Badan Palhares*. Segundo Palhares, ouvido durante a sessão realizada na terça-feira, 7, Suzana matou PC e suicidou-se em seguida. A promotoria alega que o casal foi morto por outras pessoas, com participação ou conivência dos réus, que trabalhavam como seguranças do empresário.
Depois dos interrogatórios dos réus, o julgamento passou para a fase dos debates entre acusação e defesa. Segundo a assessoria do Tribunal do Júri de Maceió, onde ocorreu o julgamento, o juiz Maurício Breda, da 8ª Vara Criminal, quer concluir o caso o mais rápido possível..
Estão sendo julgados Adeildo Costa dos Santos, Reinaldo Correia de Lima Filho, Josemar Faustino dos Santos e José Geraldo da Silva, policiais militares que trabalhavam como seguranças de PC. Tesoureiro da campanha do ex-presidente Fernando Collor de Mello, PC Farias era apontado como uma das pessoas mais próximas do então presidente. Ele foi denunciado por sonegação fiscal, falsidade ideológica e enriquecimento ilícito.
Há determinada linha investigativa que desconfia que o ex presidente Fernando Collor tenha sido o mandante do crime.
Não causou espanto o fato de os criminosos não serem condenados neste nosso Brasil Varonil. Daí os indiciados pelo assassinato de PC foram inocentados e liberados. Ê Brasilzão Bão!
Após o confronto de argumentos o júri decidirá se os policiais militares que faziam a segurança no momento do crime, em 1996, tiveram participação no assassinato.
Ontem (9), foram ouvidos dois peritos que contestaram a versão apresentada pela equipe de especialistas chefiada por Badan Palhares de que Suzana matou PC e suicidou-se em  seguida. A tese da promotoria é que o casal foi assassinado por outras pessoas. Também prestaram depoimento os réus que alegaram inocência.
Tesoureiro da campanha do ex-presidente Fernando Collor de Mello, PC Farias era apontado como uma das pessoas mais próximas do então presidente. Ele foi denunciado por sonegação fiscal, falsidade ideológica e enriquecimento ilícito. Respondem pelo crime Adeildo Costa dos Santos, Reinaldo Correia de Lima Filho, Josemar Faustino dos Santos e José Geraldo da Silva. Todavia, até hoje ninguém me convenceu de que o mandante do crime não tenha sido Fernando Collor de Melo.
O Brasil, realmente, não deixa de ser “O País da Impunidade!”


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