Mais da metade das vagas de trabalho reservadas a pessoas com deficiência não são preenchidas
Escrito por
Thais Mendes Iannarelli
Na data em que se promove o Dia Nacional de Luta da Pessoa com
Deficiência, 21 de setembro, a avaliação foi de que há desafios a serem
enfrentados para garantir o acesso das pessoas com deficiência ao
mercado de trabalho. De acordo com o presidente do Conselho Nacional dos
Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência (Conade), Antônio José
Ferreira, nem 50% das vagas de trabalho que deveriam estar ocupadas por
deficientes, de acordo com a Lei 8.213 de julho de 1991, estão
preenchidas. Desde 1991, a lei determina que empresas com mais de 100
funcionários devem destinar de 2% a 5% das vagas para pessoas com
deficiência. Em 2011, um total de 325,3 mil pessoas com deficiência
tinham vínculo empregatício, de acordo com a última Relação Anual de
Informações Sociais (Rais), do Ministério do Trabalho. O número seria
700 mil se a lei fosse integralmente cumprida, de acordo com o
presidente do Conade. “Com a lei de cotas, temos conseguido que as
pessoas com deficiência tenham participação no mercado de trabalho, mas a
participação é tímida. Se tivéssemos todas as vagas ocupadas seriam 700
mil pessoas com deficiência empregadas e ainda são 325 mil. Temos mais
vagas disponíveis do que pessoas com deficiência no mercado de
trabalho”. A qualificação adequada não é o principal entrave para a
contratação de pessoas com deficiência, na avaliação de Antônio José.
“Isso se dá não apenas pela questão da capacitação. Isso se dá pelo
desconhecimento que o empresário tem do que pode fazer uma pessoa com
deficiência”, disse.
FONTE: INSTITUTO FILANTROPIA
Nenhum comentário:
Postar um comentário