Infelizmente, público presente ficou muito abaixo da expectativa
Apesar de sua importância indiscutível, a Audiência Pública
da Saúde também não conseguiu atrair a população castilhense à Câmara de
Vereadores na noite desta quarta-feira (27). A plateia composta por 16 pessoas
reuniu basicamente servidores públicos (a maioria ligada diretamente ao
Departamento de Saúde, incluindo sua diretora), o vice-prefeito Paulo
Boaventura (PMDB) e também as vereadoras Sineire e Juliana (ambas do PSDB).
CONSULTAS - A
exposição sistemática do balanço destes quatro primeiros meses do ano foi feita
pelo dr. Carlos Tencarte, revelando, dentre muitas outras informações que 175
pessoas deixaram de comparecer às consultas agendadas no AME de Andradina
durante este período. Os números apresentados assustam. De acordo com o
relatório, os agendamentos de consultas são surpreendentes: no AME totalizaram
1.549; no CIENSP foram 2.290, além dos 1.413 exames; os exames laboratoriais em
geral somaram nada menos do que 16.527; as consultas gerais realizadas no CIS e
nas UBSs rurais e urbanas contabilizam 16.413 atendimentos.
Os atendimentos no Hospital “José Fortuna” também foram
intensos. Os dados apontam 28.214 procedimentos que vão desde as consultas de
pronto atendimento (quase 13 mil) até as raras transfusões de sangue (08). Das
174 internações registradas no primeiro quadrimestre, 96,43% foram pagas pelo
SUS. Os pacientes do hospital consumiram 9.687 refeições.
FARMÁCIA - Números
igualmente elevados estão relacionados aos medicamentos distribuídos pela
Farmácia Municipal entre janeiro e abril deste ano. Os anti-hipertensivos
lideram o ranking dos mais receitados. A lista inclui ainda os antidepressivos,
diuréticos, antiulcerosos, antiinflamatórios, analgésicos dentre outros. No total
geral, os castilhenses retiraram do estoque da farmácia nada menos do que
1.596.608 medicamentos somente neste período.
FATOS NEGATIVOS -
A péssima notícia é que, apesar de todos os esforços e campanhas realizadas
pelo Departamento de Saúde visando diminuir os casos de dengue no município,
foram confirmados 228 casos da doença nos quatro primeiros meses do ano. O
Centro de Controle de Zoonoses também apresenta números nada animadores em
relação à procura popular por animais para adoção: neste mesmo período do ano, 40
cães e 58 gatos foram disponibilizados para adoção. Deste total, apenas 03
cachorros conseguiram um novo lar.
TRANSPORTE - O
transporte de pacientes realizado pela Central de Ambulâncias dentro e fora do
município também assusta. Até o dia 30 de abril, 15.101 viagens foram
realizadas pelas ambulâncias e demais veículos da Central. Deste montante,
7.332 são de transporte dentro do próprio município. O setor também rodou
507.491 km neste período, consumindo pouco menos de 70 mil litros de combustível
que custaram R$ 197.298,75 para os cofres públicos.
QUEM PAGA A CONTA?
– O cidadão castilhense, é claro. Embora a Lei determine que o Município gaste
15% de sua arrecadação na área de Saúde, Castilho vai muito além disso. Somente
nos quatro primeiros meses deste ano, a Prefeitura gastou 28,05% de sua
arrecadação pagando por estes e outros serviços de Saúde listados acima. Este
percentual corresponde a pouco menos de R$ 21,5 milhões. Para facilitar o
entendimento, o valor investido por Castilho em Saúde Pública é quase o dobro
da arrecadação total declarada por Nova Independência no ano de 2011, por
exemplo
[Assessoria de
Comunicação do Executivo]
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