Valmir Pereira aproveitou o incentivo para realizar um sonho: a criação de peixes em tanque escavado. Primeira produção será em seis meses - Foto acima
Programa Municipal de Auxílio à Perfuração de Poços de Baixa Vazão é
pioneiro na região. Meta é beneficiar cerca de 200 famílias até 2016
Nove famílias de pequenos produtores rurais assentados no
município de Castilho estão recebendo nesta semana os cheques com a
contrapartida da Prefeitura no processo de perfuração de poços de baixa vazão.
Sete destes beneficiados estiveram reunidos na tarde desta
segunda-feira, 19, com o Prefeito Joni Buzachero (PSDB), o vice-prefeito e
Diretor do Departamento de Desenvolvimento Econômico e Social, Paulo Boaventura
(PMDB), além do Diretor da Divisão de Agropecuária, José Justi, para formalizar
a entrega. Outros dois produtores não puderam comparecer em virtude de
problemas pessoais.
A média de preços praticada pelo comércio regional na
perfuração de cada poço é de R$ 6.800.00 (até 60 metros de profundidade, mais
ou menos). “Não existe valor fixo, porque tudo depende da profundidade do poço
perfurado. Há casos em que a água flui somente após a perfuração de mais de 100
metros, e isso eleva o preço final do serviço”, explica Boaventura.
Independente do valor individual do poço, a contrapartida da
Prefeitura é fixa. O Município desembolsa R$ 2.500,00, dos quais R$ 1.800,00 auxiliam
os produtores na aquisição de equipamentos como canos, revestimentos, filtros e
bombas, por exemplo. O restante do dinheiro é destinado ao pagamento da licença
de execução de outorga (obrigatória).
“Gostaríamos de poder pagar o valor integral de cada poço,
mas a realidade é que o Município não vive mais uma situação financeira
suficientemente confortável para isso. De qualquer modo, conseguimos pelo menos
aumentar um pouco mais a contrapartida da Prefeitura, que até o ano passado
estava repassando um total de R$ 2.200,00 por produtor”, justificou o prefeito
Joni durante a entrega dos cheques.
Valmir Pereira, de 37 anos, foi um dos produtores que
recebeu a contrapartida da Prefeitura na tarde desta segunda. Ele conta que este
apoio do Município foi fundamental para alavancar um outro projeto que ele
planejava em paralelo: a escavação de tanques para criação de peixe. “Nasci no
bairro Beira Rio e tenho um histórico familiar ligado à pesca. A criação de
peixes em tanques era um sonho que eu vinha nutrindo há anos e agora se tornou
realidade com o apoio dado pela Prefeitura. Usando apenas o meu próprio
capital, teria que adiar o projeto por mais tempo. Agora, estou ainda mais animado
para comercializar a minha primeira produção de peixe, dentro de seis meses”,
revela o sorridente produtor. Valmir confidenciou ainda que vai trabalhar com
filé e aproveitar toda a estrutura montada em seu lote (sítio “Deus de
Vitória”), localizado na Cafeeira, para aumentar consideravelmente a
produtividade e, é claro, a renda familiar.
CICLO CONTÍNUO - Enquanto
isso a perfuração dos poços continua em andamento. Segundo informou Paulo
Boaventura, a expectativa é que 60 famílias sejam contempladas nesta segunda
etapa do processo. A quantidade de famílias beneficiadas nas próximas etapas
depende exclusivamente da demanda.
Autor do projeto, Boaventura disse desconhecer iniciativa
semelhante adotada por outros municípios do País. “Até onde temos conhecimento,
somos pioneiros nesta proposta. O objetivo da Prefeitura de Castilho é suprir a
carência de água potável nas propriedades que não foram contempladas em outros
projetos mantidos pelos governos Estadual e Federal”, explica o vice.
O sucesso do programa até agora pode ser medido tanto pela
satisfação dos produtores que tiveram seus lotes contemplados pelo programa,
quanto pela quase extinção da necessidade da Prefeitura socorrer algumas
propriedades fornecendo água potável com auxílio do caminhão pipa. “Antes de
iniciarmos este programa, dezenas de famílias residentes nas áreas mais
distantes do município dependiam quase exclusivamente da entrega de água
realizada pela Prefeitura com o auxílio de um caminhão pipa. Atualmente, são
raras as vezes que a Administração precisa prestar este socorro, porque
priorizamos justamente estas famílias, assegurando mais dignidade para eles”,
finalizou Boaventura.
[Assessoria de
Comunicação do Executiv
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