Klabin inaugurou, ontem, em Ortigueira, na Região dos Campos Gerais, o maior investimento de sua história: a Unidade Puma, fábrica de celulose, cuja execução do projeto recebeu um investimento total de R$ 8,5 bilhões. Entretanto, esse investimento, que já é considerado o maior de uma empresa privada na história do Paraná, deverá ser ampliado e poderá ultrapassar a casa dos R$ 11 bilhões. O motivo é a aquisição de uma nova máquina, para a produção de cartões, que demandaria de um novo aporte de R$ 800 milhões – ou seja, R$ 2,64 bilhões, baseado na cotação do dólar ontem, que fechou a R$ 3,30.
Para que seja consolidado, no entanto, esse assunto precisará passar pela aprovação durante reunião do conselho, o que deve ocorrer dentro dos próximos meses. Conforme o diretor-geral da empresa, Fabio Schvartsman, revelou a analistas, a Companhia está evoluindo nas negociações com clientes, o que viabilizaria o projeto. Cabe destacar que o desenvolvimento da pré-engenharia da máquina já está em andamento e a previsão é de que essa nova linha possa ser implantada e entre em operação ainda em 2017. O papel-cartão, utilizado para embalagens, já é produzido na fábrica de Telêmaco Borba, mas o aporte seria pare este novo projeto na região.
A capacidade de produção do novo equipamento seria de aproximadamente 500 mil toneladas por ano – volume que poderia ser ampliado em 2019 com mais um incremento de produção, de acordo com a demanda, através do novo investimento em maquinário. Somente com a primeira fase desse projeto a produção subiria para 2 milhões de toneladas por ano em Ortigueira.
A cerimônia de inauguração, marcada para as 11 horas de ontem, contou com a presença do Presidente da República em exercício, Michel Temer, e do Governador do Paraná, Beto Richa. A nova fábrica tem o apoio do Governo do Estado, pelo programa de incentivo fiscal Paraná Competitivo. “O empreendimento é um exemplo para o Brasil voltar a crescer e gerar empregos. Um país é amparado na inciativa privada. A conjugação daqueles que empregam e são empregados fazem a nação crescer”, afirmou o presidente. Temer destacou o apoio dado pelo governo estadual e pelo governo federal para o empreendimento. “É importante que o poder público atue para fomentar investimentos como esse. O que o Brasil precisa agora é de empregos”, completou.
Inauguração consolida maior ciclo industrial da história do Paraná
O governador Beto Richa disse que o empreendimento contribui para a consolidação do maior ciclo de industrialização do Paraná. O projeto Puma, como é denominado, recebeu investimento de R$ 8,5 bilhões e criou 1,4 mil empregos diretos. Na construção chegou a empregar 14 mil pessoas. “É um projeto grandioso, que representa o novo momento por que passa o Paraná, de crescimento econômico e desenvolvimento social”, afirmou Richa. A proximidade com uma das maiores bases florestais do País foi um dos principais fatores de atração da empresa. O Paraná tem 1,4 milhão de hectares de florestas plantadas, de acordo com o Instituto Emater, e a Klabin tem, na região de Ortigueira, 500 mil hectares de florestas plantadas.
Acordo beneficiará 29 escolas da rede estadual na região
O investimento proporcionará o desenvolvimento não só da infraestrutura da região, mas também da educação. A Klabin e o Governo do Estado vão colocar em prática um projeto para fortalecer a gestão escolar e melhorar os índices educacionais de 29 escolas da rede estadual de Ortigueira e Telêmaco Borba, nos Campos Gerais. A empresa vai investir, entre 2017 e 2018, R$ 2 milhões na formação continuada de cerca de 890 profissionais da educação. Quase 11 mil estudantes dos ensinos fundamental e médio serão beneficiados. O projeto foi apresentado pela empresa ao governador. “O Estado tem investido, garantindo um crescimento ordenado. Éramos uma cidade de crianças e idosos, porque os jovens saiam em busca de emprego em outros centros. Essa realidade mudou e hoje temos emprego e oportunidades aqui”, afirmou a prefeita de Ortigueira, Lourdes Banach.
Produção da Klabin dobra com a nova unidade
A Unidade Puma está duplicando a capacidade de produção da empresa no país. Com a operação em 100% deste complexo fabril nos Campos Gerais, a produção anual chega a 3,5 milhões de toneladas, o dobro do que era produzido há três anos. Com isso, a perspectiva é de que o resultado da empresa (Ebitda) também seja duplicado.
Fonte - www.opetroleo.com.br - (29/06/2016) - Estamos só repassando essa matéria
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