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quarta-feira, 25 de maio de 2016

Trabalho offshore: entenda como é atuar em alto mar - Estamos só repassando


Permanecer longe de terra firme durante alguns meses pode parecer loucura, mas certamente tem suas vantagens
Alguma vez já ouviu o termo trabalho offshore? Vira e mexe alguém o cita para explicar algo, mas sempre em termos técnicos, dificultando a compreensão e até mesmo impedindo de entender o significado. Para dizer a verdade, a expressão é bem mais simples do que a imagem de que é vendida. Trabalhar offshore é atuar afastado da costa ou, para ser mais direto, em alto mar.
O trabalho em offshore é maior e mais amplo do que consta no imaginário popular, abrangendo várias profissões e cargos. Profissionais de humanas, exatas e biológicas atuam no ramo. Não há dúvidas que mecânicos, engenheiros e pessoas do gênero são as mais requisitadas para esse serviço, mas, por exemplo, uma plataforma petrolífera precisa de enfermeiros, cozinheiros, faxineiros, biólogos, comunicadores, entre outros profissionais.
Algumas diferenças com os trabalhos onshore, que são os realizados no continente, precisam ser sempre destacadas e a principal dela é sobre a disponibilidade. Não interessa qual seja a sua função em alto mar – se você é marinheiro, eletricista ou engenheiro químico -, se está trabalhando como offshore provavelmente permanecerá alguns dias em alto mar. Esse estilo de serviço é bem comum, forçando o profissional a trabalhar em turnos (revesados com os onshore). Mas uma vez de volta a terra firme, o trabalhador tem direito a alguns dias de folga.
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Acontece que o revesamento de turnos deve ser feito de maneira adequada e sem prejudicar o profissional, de acordo com o professor-Doutor Joseph Rutenfraz. “Aquele que se ocupa com o planejamento de escala em turnos deve refletir que a configuração das escalas [de turnos] é sempre um problema matemático e pressupõe conhecimento em métodos de otimização da distribuição do tempo”, ressalta. Ele diz também que “as escalas de turnos devem servir às pessoas que suportam muitas outras conduções desfavoráveis de trabalho e facilitar sua integração social”.
Completando o raciocínio, Joseph diz que para alcançar tal objetivo, devem ser analisadas todas as variáveis fisiológicas, psicológicas, sociais e econômicas [do empregado], pois antes de se decidir por aquela por esta ou aquela escala, deve ter em mente que o principal é manter o funcionário saudável.
Para fins de curiosidade, as escalas podem variar de 14 x 14, 14 x 21 e, no caso de marítimos, escalas de 28 x 28, 35x 35 dias.
Além disso, outros fatores são muito importantes para atuar em offshore. Segundo a executiva e especialista na área de Oil & Gas Adriana Torres, é saber que esse mercado é muito atípico. De acordo com ela, quando o profissional está embarcado, “não há dia ou noite, não há hora para entrar ou hora para sair, não há dia de semana ou fim de semana, não há natal, não há feriados” Ainda nas palavras da executiva, as atividades são realizadas 24 horas por dia e sete dias na semana, se necessário.
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Um outro detalhe interessante é que, quando trabalha embarcado, você está cercado por cidadãos de todo o mundo, então a cultura mundial está presente nessa “cidade” que o funcionário vive temporariamente. Outra questão importante é a segurança. Estar em alto mar exige treinamento preparatório, pois, em qualquer outra situação, os métodos para se manter vivo num possível acidente são totalmente diferentes.
O QUE PRECISA PARA ATUAR COMO OFFSHORE
Trabalhar nesse ramo tem muitos atrativos, especialmente o salário – que pode duplicar, no mínimo, em relação a trabalhar na mesma aréa no continente. Além, claro, do dobro do tempo de descanso e férias.
Mas para trabalhar como offshore não basta apenas ter vontade e estar a disposição. É necessário estar compactuado com uma grande lista de requisitos, então vamos a eles.
São necessárias três formações diferentes. Para começar, é preciso ter uma específica, como cozinheiro, hotelaria, entre outros. É preciso também ter um curso técnico, visto que boa parte do trabalho em alto mar exige que o funcionário saiba alguma função de mecânica, elétrica, informática, instrumentação, etc. A terceira formação é a de um curso superior de qualquer área (desde que a empresa esteja contratando tais profissionais do ramo).
Mas não é só isso. O funcionário precisa do curso de CBSP, ou então, Curso Básico de Segurança de Plataforma. Assim como também tem que ter o Escape de Helicóptero Submerso, o HUET. Ambos os cursospodem ser, ou não, pagos pela empresa contratante e isso depende da urgência do momento.
E a lista continua: ter conhecimento de mais de uma língua não é requisito desejável; é obrigatório. Isso porque vários profissionais de vários países estarão embarcados com você. Além disso tudo, é coerente que o funcionário tenha alguma formação relacionada à marinha.
Para finalizar, Adriana Torres cita em um artigo online a necessidade de ter um perfil comportamental muito específico, pois trabalhar embarcado – em confinamento – não é para qualquer um.
Inicialmente é preciso se adaptar aos afastamentos periódicos e escalas diferenciadas, assim como se conscientizar da impossibilidade de comparecer nas datas festivas e/ou importantes para as famílias. Além disso é necessário entender sobre a dificuldade de continuidade nos estudos, pois, uma vez no mar, as escalas podem interferir nessa questão.
Adriana Torres também cita sobre a dificuldade de comunicação com o mundo exterior, como os familiares e amigos. E isso fica mais difícil com a limitação de espaço, visto que em uma plataforma, por maior que ela seja, sua locomoção será sempre menos do que em plena liberdade.
Sobre o serviço em si, é preciso se adaptar ao revezamento diurno e noturno, além de estar ciente dos riscos à saúde, segurança e meio ambiente. E claro, conseguir trabalhar em ambiente confinado.
O trabalho offshore é, de fato, algo interessante. É perceptível suas vantagens e desvantagens e, por mais claras que são, é difícil chegar a conclusão sobre se vale a pena ou não entrar nessa aventura. Mas caso você tenha certeza que sim, vá em frente e boa viagem.
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Fonte - www.opetroleo.com.br

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